Resenha: A Saga dos Corvos - Uma visão ampla de toda a série!

23.1.17



a saga dos corvos resenha



Autora: Maggie Stiefvater | Ano: 2013
Livros: Os Garotos Corvos #1; Ladrões de Sonhos #2;
Lírio Azul, Azul Lírio #3; O Rei Corvo #4
Gêneros: Fantasia, Romance | Editora: Verus
Média de Páginas: 382 | Adicione no Skoob

cinco estrelas favorito



a saga dos corvos capas


Sinopse:
Todo ano, na véspera do Dia de São Marcos,­ Blue Sargent vai com sua mãe clarividente até uma igreja abandonada para ver os espíritos daqueles que vão morrer em breve. Blue nunca consegue vê-los — até este ano, quando um garoto emerge da escuridão e fala diretamente com ela.
Seu nome é Gansey, e ela logo descobre que ele é um estudante rico da Academia Aglionby, a escola particular da cidade. Mas Blue se impôs uma regra: ficar longe dos garotos da Aglionby. Conhecidos como garotos corvos, eles só podem significar encrenca.
Gansey tem tudo — dinheiro, boa aparência, amigos leais —, mas deseja muito mais. Ele está em uma missão com outros três garotos corvos: Adam, o aluno pobre que se ressente de toda a riqueza ao seu redor; Ronan, a alma perturbada que varia da raiva ao desespero; e Noah, o observador taciturno, que percebe muitas coisas, mas fala pouco.     Desde que se entende por gente, as médiuns da família dizem a Blue que, se ela beijar seu verdadeiro amor, ele morrerá. Mas ela não acredita no amor, por isso nunca pensou que isso seria um problema. Agora, conforme sua vida se torna cada vez mais ligada ao estranho mundo dos garotos corvos, ela não tem mais tanta certeza.

linha decorada


Sabe quando você ganha um livro de um parente e apenas o lê por educação? Essa foi minha história com a Saga dos Corvos. Ao ganhar o primeiro volume – Os Garotos Corvos – me deparei com uma sinopse com propostas clichês que estava bastante acostumada: amor verdadeiro, beijo da morte, amigos inseparáveis e um mundo sobrenatural. Mas, conforme fui entrando no mundo que Maggie Stiefvater criou, percebi que estava profundamente enganada!

Em a Saga dos Corvos, você entra em um mundo fantástico, onde Blue, Gansey, Ronan, Adam e Noah são os protagonistas adolescentes e rebeldes. A saga, em um todo, aborda elementos sobrenaturais, misturados com misticismo e mediunidade, o que traz um ar misterioso durante o enredo. No mundo dos corvos, Gansey e seus três amigos, há alguns anos, estão à procura de um rei galês adormecido, onde existe uma lenda que diz: quem o acordar, receberá um desejo fantástico!

Já na Rua Fox, 300, Blue Sargent vive em uma casa amontoada de família e carinho. Apesar do tamanho movimento, por todas serem médiuns, ela abraça essa confusão em seu próprio estilo – como uma hipster, sempre brincando com as cores, acostumada a turbulência. Ela trabalha em um uma lanchonete na cidade de Henrietta, e é lá que conhece os garotos corvos – a quem jurou nunca se envolver, mas que as circunstancias deixaram levar.

No restante dos livros: O Ladrão de Sonhos; Lírio azul, azul lírio e O Rei Corvo, o desenvolvimento da trama segue com essa busca, que é cheia de obstáculos, segredos, paixões dolorosas e mistérios pelo caminho. Revelações e reviravoltas são o que mesclam o enredo envolvente dos cinco amigos.

Virei uma fã de Maggie Stiefvater depois de ler toda a Saga dos Corvos. O desenvolvimento da história é perfeito, deixando brechas e as preenchendo nos momentos certos, com um toque de mistério e um pouco de suspense que sabem prender o leitor. Os capítulos tendem a acabar com um gostinho de quero mais, fazendo você devorar tudo com ferocidade! O toque de pesquisas históricas é na medida certa, apresentando tudo com cuidado e se desenrolando conforme a trama segue.  A história é narrada em terceira pessoa, e cada capítulo é pelo ponto de vista de diferentes personagens, o que traz um ar bastante dinâmico!

Não podemos deixar de comentar sobre os personagens. E, ah... Que personagens. Todos são cativantes e bem desenvolvidos, cada um com sua própria realidade dolorosa e essência única. Conquistaram-me e me fizeram chorar em muitos momentos e passar bons momentos de indignação. O laço de amizade entre eles é a coisa mais linda de se ver – cheio de momentos bons e ruins, sempre um ajudando o outro, como uma família.

A linguagem abordada pela autora é fácil, envolta de um quê filosófico e com muitas metáforas. E, para mim, é isso que fez a leitura fluir tão bem. Se você é um daqueles que preferem quando a linguagem vai direto ao ponto, talvez não goste muito do jeito como Maggie desenvolve. Mas não se preocupe, talvez esse seja o livro certo para você pegar esse gosto mais “elaborado”!

O único ponto negativo da Saga dos Corvos é o final mal explorado que a autora escreveu. Não digo que foi um péssimo final, mas com todos os elementos que ela desenvolveu e toda a trama enlaçada, poderia ter sido algo mais grandioso, menos “esperado”, por assim dizer.

Dou cinco estrelas para a saga completa pela originalidade no decorrer da trama, pelos personagens bem desenvolvidos – que se tornam nossos amigos conforme você entra em suas vidas , pela profundidade da narrativa, que te prende a cada instante, o vocabulário extenso e a inspiração que ela lhe traz. Como escritora, achei esse livro uma ótima fonte para novas palavras e novos meios e métodos de escrita. Como leitora voraz, é uma obra que lhe traz novas experiências! O impacto que essa saga me trouxe, fez com que eu valorizasse os amigos e as pessoas que tentam se aproximar, ver o lado bom das pessoas quando, na verdade, tudo o que ela mostra é o oposto. 

Se tiverem oportunidade, leiam com a mente aberta e o coração solto, pois Maggie fará você questionar e amar muitas coisas.




Liz Uyesaka parágrafos e travessões

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